quinta-feira, 21 de julho de 2011

ela: as vezes é um jeito de falar, um jeito de olhar. cuida, porque depois que se quebrar é complicado para juntar. não me pergunta porque te aviso, simplesmente escuta e muda. pensa e faz agora tudo ser diferente. tudo ser como nunca foi...

ele fica em silêncio.

ela: o que me interessa é aquilo que tem cheiro, é aquilo que tem luz. precisamos de mais cores, de mais tempo! onde está você?! nem me lembro direito do seu rosto. nem me lembro de tuas mãos. vem. temos tempo. hoje só está começando!

ele levanta e caminha em direção a porta.

ela: preciso de você, preciso te olhar. cuida! cuida porque não sei se assim posso agüentar. tudo já é tão difícil, tudo já é tão sem cor. aqui tudo tem que ser novo. aqui tudo tem que ser nosso!

ele abre a porta.

ela: se você vai, pelo menos quando voltar me olha nos olhos e fala comigo de frente.

ele: tenho que ir, não sinto meus pés.

ela: me olha de frente! me sente! grita! grita! grita pelo menos para eu saber que você está ai!

ele sai.

ela agora não chora mais porque sabe que amanhã tudo será como hoje, tudo será novo e cheio de ontem.

Um comentário:

Priscila Lima disse...

em alguns momentos o melhor a fazer é deixar as pessoas irem...

[constatei isso]