sábado, 24 de julho de 2010

o amor é uma companhia.
já não sei andar só pelos caminhos, porque já não posso andar só.
um pensamento visível faz-me andar mais depressa.
e ver menos, e ao mesmo tempo gostar bem de ir vendo tudo.
mesmo a ausência dela é uma coisa que está comigo.
e eu gosto tanto dela que não sei como a desejar.
se a não vejo, imagino-a e sou forte como as árvores altas.
mas se a vejo tremo, não sei o que é feito do que sinto na ausência dela.
todo eu sou qualquer força que me abandona.
toda a realidade olha para mim como um girassol com a cara dela no meio.

: caeiro.